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Aida

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Assistência de cenografia, Cenografia

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Theatro Municipal do Rio de Janeiro

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Ficha técnica

compositor: Giuseppe Verdi

libreto: Antonio Ghislanzoni

direção musical e regência: Isaac Karabtchevsky

direção cênica e iluminação: Iacov Hillel

cenografia e direção de arte: Helio Eichbauer

cenógrafo assistente: Luiz Henrique Sá

coreografia: João Wlamir

solistas: Fiorenza Cedolins e Eliseth Gomes (Aida), Rubens Pelizzari (Radamés), Anna Smirnova (Amneris), Licio Bruno (Amonasro), Sávio Sperandio (Ramfis), Carlos Eduardo Marcos (Faraó), Lucia Bianchinni (Sacerdotisa I) e Ricardo Tuttmann (Mensageiro).

Coro e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal

Bailarinos da Escola de Dança Maria Olenewa, e da Cia. Jovem de Ballet do Rio de Janeiro, sob a direção artística de Dalal Achcar e direção geral de Mariza Estrella.

2013

Antepenúltima das 28 óperas compostas por Giuseppe Verdi e um de seus maiores sucessos, Aida retornou ao palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (Secretaria de Estado de Cultura), em montagem inédita, após uma ausência de 27 anos, para comemorar o bicentenário de nascimento do compositor italiano, com patrocínio da Petrobras.

A ópera estreou em 20 de abril de 2013, e teve cinco récitas até o dia 1º de maio.

Sobre a cenografia

Na concepção dos cenários e na direção de arte desta montagem, Helio Eichbauer evocou a atmosfera egípcia através de formas angulosas e triangulares, que remetiam ora às pirâmides, ora aos templos e palácios, assim como fez uso de projeções sobre o cenário de tom predominantemente ocre. “O cenário é inspirado na abstração geométrica e respeita as proporções da geometria encontrada na arquitetura egípcia, que foi estudada e descrita por Pitágoras”, conceitua Eichbauer.

Surpreendeu a belíssima aparição do primeiro cenário, com triângulos e quadrados imensos, uma versão moderna, com situações muito bem resolvidas, com projeções de arte egípcia, o que me evocou a sensação de estar  verdadeiramente no antigo Egito. A plenitude e o aspecto monumental foram fielmente traduzidos pelas pirâmides, as areias e o deserto, que são parte do exotismo daquele país. As cores foram preciosamente bem escolhidas, sobretudo os suntuosos amarelos e dourados, e aí aproveito já para falar da iluminação realizada com  uma sensibilidade imensa e perfeita. Aplausos, desde já, para o trabalho de dois grandes mestres, que são exatamente Helio Eichbauer, responsável pela cenografia e direção de arte, e Iacov Hillel, com sua sofisticada iluminação e direção de cena. Garantia de alto nível e um trabalho impecável.

"Maria Luiza Nobre, crítica, Jornal do Brasil"

A retomada de “Aida” se deve muito à insistência de Karabtchevsky em contar com as obsessões geométricas de Eichbauer. O cenógrafo estava de férias na praia, repensando a carreira depois de uma exaustiva montagem de “Pelléas et Mélisande” no Teatro Municipal de São Paulo, quando recebeu o convite por telefone. Houve uma hesitação, mas o maestro o convenceu.

— Acompanho apresentações de “Aida” desde menino e sempre achei que era a ópera que eu nunca faria, pela dificuldade de colocar o Egito em cena — admite Eichbauer. — Já tinha participado de outras montagens de Verdi, como “Nabucco” (2000) e “Macbeth” (2005). E então pensei: quem já fez uma produção da complexidade de “Nabucco”, também consegue fazer “Aida”.

"Bolívar Torres, Jornal O Globo"